quarta-feira, julho 27, 2005

O Leonardo da Vinci. O outro dá vinte e cinco.

Em tempos de mesada – que há um tempo atrás era só uma graninha que o pai dava pra ir com a gatinha no cinema – não dá pra entender algumas coisas. Como é que falta grana pro pessoal comprar cueca nova? Não dá pra entender mesmo. Será que é essa moda nova de metrossexuais? Cuequinha apertada e coisa e tal... sei lá. Chamem o David Beckham pra explicar.

É pra se pensar. Tinha uma época que se via uma publicidade na TV em que tinha um pintinho que ficava confortável na cueca. Vai ver o publicitário lembrou desse comercial e resolveu esvaziar a dele. Hehe. Afinal, quem dá vinte e cinco merece conforto. Vejam o caso do gênio italiano: da Vinci. Vinci! Mas o cara era gênio. Reconhecidamente gênio. Inventou o helicóptero, avião, metralhadora, tanque, estudou o corpo humano. Pena que na época dele não tinha como transformar os projetos em realidade. Será que faltou publicidade? Ou financiamento? Talvez os dois...

Mas dar vinte e cinco não é pra qualquer um hein?! Só podia acabar cheio de admiradores. O legal de tudo isso é que mostra como as pessoas são generosas. Isso não tem como negar. Um recebe do outro mas não fica com tudo pra si. Sempre passa um pouquinho pra alguém. Afinal de contas, por mais malcriada que seja a criança, o bom velhinho sempre traz presente. Pra uns bicicleta, pra outros agenda. E olha q ele faz tudo sozinho, não tem motoboy pra ajudar. Só quem fica vermelho é o nariz da rena.

Triste do Papai Noel que carregava tudo no saco! E ainda ia de trenó. O negócio agora é carregar tudo nas roupas íntimas. E de avião. Muda Papai Noel! Muda!

Teve até um que pegou o invento do da Vinci e encheu de cuecas. Se o Santos Dumont visse isso se enforcava!

Lucas Fabbrin

A Culpa é dos diminutivos!

E as pessoas têm se preocupado cada vez mais com a idade. Envelhecer. Parece até que querem tornar possível a paradoxal expressão “eu morri”. “Age ain’t nothing but a number” é o nome do livro que estava pra vender perto do British Museum. Com certeza deve pregar a “velha” história de ter o espírito jovem. Bobagem. Boa mesmo é aquela propaganda do metrô: “Afinal, quem quer chegar aos sessenta com a vitalidade de dezessete?”.

Ninguém mais quer viver a sua idade. Um bando de gente desesperada porque ficaram órfãos dos vinte ou trinta. Qual vai ser a última geração de idosos, ops, de pessoas da “melhor idade” a serem chamados de “velhinhos”? Tem algum problema chamar alguém assim? Se tiver vamos abolir os diminutivos!

Já tem gente adolescente – ou seria a “pior idade”? – a entrar em pânico porque faz dezessete. Aos trinta e quatro então, olha, vai dar morte por aí. Tá certo, faz tempo que perguntar a idade é ser indelicado, mas o interessante é a leva de pessoas que já estão respondendo “Não tem problema nenhum. Eu tenho não-sei-quantos anos.” só para as pessoas dizerem “Oh...” ao compararem a cifra com a aparência depois de injeções de toxina e cortes de bisturi. O fantástico é ver como as pessoas ficam felizes por paralisarem alguns músculos do rosto. “É brincadeira ou quer mais? Agora tu não sabe se estou feliz ou triste...”. Chega de “rugas de expressão”. Não vamos expressar mais nada. As marcas nossas do tempo devem ser eliminadas. Até porque, num mundo onde se confunde igualdade com “ser igual”, marcas são coisas que nos diferenciam do bolo.

Tipo aqueles bolos de caixinha. O forno é diferente, as mãos são diferentes, mas sempre fica igual. É garantido. Pegue o seu. Estão todos lá na prateleira. Nem precisa escolher porque dá tudo na mesma.

Só não reclame se você der de cara consigo mesmo no supermercado.

Lucas Fabbrin

Vem pra caixa você também.

A imigração na Europa é impressionante. Cada vez mais desembarca gente vinda de todos os lados do globo. Latino-americanos, africanos, russos, chineses. Isso sem falar no pessoal do leste europeu que desembarca a granel.

É interessante o lugar de reconhecimento "reservado" a essas pessoas. O pessoal do leste é reconhecido como ótimos trabalhadores. Se precisam de alguém pra "fazer e não pensar", eis aí o seu polonês, ou romeno, ou então qualquer um que venha da Europa Oriental. É brincadeira...

Os asiáticos (excluindo russos) são considerados "mafiosos". Só que é uma mafia diferente. Eles abrem negócios pra eles, compram deles e se relacionam com eles. Nunca se vê orientais conversando com outras pessoas que não orientais. Nos trams, metrô, ônibus é comum ver isso. Normal até certo ponto. A barreira da língua é muito presente. A do preconceito então é maior. É brincadeira...

A brasileirada também passa trabalho. Na hora da bola é briga pra ver quem tem brasileiro no time. Música, dança, capoeira (aqui eles conhecem capoeira). Saiu disso complica. "Ah, 5 meses adiantado...". É brincadeira...

É brincadeira mas é verdade.

Lucas Fabbrin

terça-feira, julho 26, 2005

O "Simposium" começou...

Bem, depois de um tempo na sombra, volto à superfície para botar um pouco de lenha na fogueira! Espero que todos aproveitem o espaço do blog pra chutar o pau da barraca também. O negócio é discutir mesmo. Críticas, sugestões, pensamentos, enfim, tudo o que for interessante para o debate.
É isso aí pessoal, o "Simposium" está aberto!
É PÁ e IDÉIA!
Lucas Fabbrin