SEM (sic)

“É, meu projeto é criar uma comunidade bio-auto-sustentável, no meio da mata, onde as pessoas comem aquilo que plantam, total contato com a natureza.”

“Não, não vai ter nada de tecnologia nenhuma, nem carros, nem nada. Porque os carros poluem o ambiente. Pode ter carros movidos a metano, produzido ali na comunidade... sim, sim com biodigestores. Além disso as pessoas vão reflorestar a área em torno da comunidade.”

“É que o negocio é construir essas comunidades fechadas, onde as pessoas vão morar ali, meio isoladas. É um retorno ao homem selvagem. Selvagem mesmo. Um homem tecnológico-selvagem. Um retorno ao modo de viver da era paleolítica. Tipo, viver no meio da mata, saca? Come só o que planta e tal...”

“Não, não vai ter dinheiro também. Dinheiro não vai existir ali. A vida vai funcionar através do escambo, saca? Tipo assim: eu te dou uma galinha e tu me dá uma roupa, entende?”

“Claro, o projeto está sendo financiado por uma...”

Cumprimentei e fui embora.

Lucas Fabbrin